quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nepotismo e o óbvio ululante

Acabou o nepotismo. Pelo menos é que se espera depois da decisão do STF de ontem. No entanto, todos os advogados com que falei sobre o assunto disseram: "mas e daí? O nepotismo já era ilegal mesmo sem a súmula da Corte". Oras, se a constituição diz que a administração pública tem que zelar pela impessoalidade, a moralidade, quem aí tinha dúvidas sobre a ilegalidade de se contratar parentes na administração pública?

Bem, muitos políticos soltos por aí não vêem o nepotismo assim. Dizem que "depende do caso". Que se o "parente é muito competente a contratação é justificada". Humm. É de se pensar: se o parente é tão competente assim porque não deixá-lo solto na iniciativa privada onde vai, certamente, ganhar muito mais e não terá sua colocação colocada em dúvida por conta do grau de parentesco com alguém?

Outro político que entrevistei disse que os cargos em comissão são para funcionários de confiança. "Quem é mais de confiança do que uma pessoa da família?", questionou. Obviamente o dileto político jamais assistiu Família Soprano...

Vamos esperar para ver...

Nenhum comentário: